Due diligence é um termo amplamente utilizado em várias disciplinas, particularmente nas esferas jurídica e corporativa. No contexto de negócios, refere-se à investigação realizada por uma parte interessada, incluindo empresas de capital de risco e private equity, em um alvo de aquisição ou para vetar empresas para potenciais investimentos.

O período de due diligence também é um momento para os adquirentes aprenderem mais sobre os produtos, as perspectivas, o valor de um bem e como ele se encaixa em seu portfólio de negócios.

Embora menos comum do que sua contrapartida obrigatória do lado do comprador, a due diligence também pode se referir à investigação realizada em um comprador por um vendedor.

Apesar de parecer que a due diligence protege principalmente o comprador, ela também oferece benefícios para os vendedores. A investigação pode encontrar uma incompatibilidade de objetivos, cultura ou outras questões que podem condenar o bem a ser adquirido.

O que envolve o processo de due diligence?

A due diligence é um processo extenso que abrange muitos aspectos – desde demonstrações financeiras e registros contábeis até contratos e questões específicas do bem que está sendo avaliado.

Os aspectos cobertos por uma due diligence geralmente se enquadram em cinco grandes áreas: finanças, desempenho comercial, conformidade legal, operações e impacto ambiental.

6 dicas para a Due Diligence na empresa

Como não há diretrizes oficiais sobre o que deve ser coberto pelo processo de due diligence, geralmente ele é adaptado para cada transação específica. Alguns tipos de due diligence são mais importantes em alguns setores do que em outros, e a duração, profundidade e escopo da investigação geralmente dependem de:

  • A natureza da transação;
  • As necessidades e interesses da empresa compradora ou investidora;
  • O nível de risco percebido.

Diligência financeira

A due diligence financeira é talvez a forma mais comum e conhecida de due diligence; envolve uma análise de dados financeiros, incluindo contas estatutárias históricas, previsões de desempenho, dívidas pendentes e quaisquer requisitos de financiamento.

A due diligence financeira também pode envolver a verificação da avaliação de ativos importantes, como patentes ou propriedade intelectual.

Diligência comercial

Antes de fazer uma compra ou investimento, é preciso entender completamente o desempenho comercial atual e projetado do bem que está sendo adquirido.

A due diligence comercial ajuda um investidor a avaliar se um bem é comercialmente viável; aborda fatores como análise de concorrentes, projeções de EBIT, reputação, condições de mercado e satisfação do cliente.

Diligência operacional

As operações diárias de uma empresa-alvo, por exemplo, podem indicar se ela seria uma boa combinação para uma fusão ou se o plano de negócios proposto é viável. O dia a dia de um negócio pode, portanto, ser uma grande preocupação para potenciais investidores ou compradores.

A due diligence operacional abrange áreas como desempenho da alta administração, planos de previdência, atividades de recursos humanos ou apólices de seguros detidas por uma empresa.

Diligência jurídica

A due diligence jurídica envolve a identificação e análise de potenciais riscos legais associados ao bem adquirido. Isso pode incluir a propriedade legal de ativos, quaisquer reivindicações legais feitas ou disputas trabalhistas não resolvidas.

A proteção de dados também é coberta pelo processo de due diligence jurídica. Com o lançamento da LGPD, os investidores vão querer entender completamente como uma empresa armazena e processa dados.

Diligência ambiental

Tendências recentes em responsabilidade social corporativa, comércio ético e sustentabilidade impulsionaram um foco maior no meio ambiente. A due diligence ambiental pode incluir a verificação das emissões e conformidade com os padrões ambientais do setor.

A due diligence ambiental é particularmente relevante se a atividade de uma empresa puder criar riscos ou perigos ambientais e também é mais comum em indústrias com regulamentações ambientais rigidamente controladas.

Qual é a diferença entre due diligence e auditoria?

Embora haja algumas semelhanças entre auditorias e due diligence, os conceitos são bastante diferentes em termos de:

  • Objetivos: uma auditoria avalia se as demonstrações financeiras de uma empresa fornecem uma visão geral justa de seu desempenho financeiro, enquanto a due diligence é projetada para informar os potenciais investidores antes de finalizar importantes decisões de negócios.
  • Escopo: uma auditoria normalmente cobre relatórios financeiros no final de um ano contábil; embora a due diligence também envolva a verificação e análise das demonstrações financeiras, ela aborda muitas outras áreas de um negócio. As informações fornecidas por uma auditoria podem ser usadas na due diligence, mas são apenas uma pequena parte de seu escopo.
  • Quem está envolvido: as auditorias são geralmente realizadas por auditores ou contadores profissionais – embora um contador com experiência possa estar envolvido com a due diligence, geralmente ela é realizada por organizações de consultoria especializadas ou representantes da empresa compradora ou investidora.
  • Custo: o custo de uma auditoria é relativamente fixo em comparação com o custo de uma due diligence. Isso ocorre porque o escopo da due diligence pode variar drasticamente, resultando em variações significativas no custo final.

E se for encontrado problemas durante o processo de due diligence?

Todos os bens têm problemas a serem resolvidos, mesmo ou, às vezes, especialmente um apartamento novinho em folha ou uma startup promissora, dependendo de quão exigente um investidor possa ser.

Os inspetores residenciais, por exemplo, costumam fazer longas listas de itens que encontraram em uma due diligence, muitos dos quais são facilmente consertados ou simplesmente resultado do desgaste da propriedade.

Se for descoberto durante a due diligence que um bem tem defeitos que devem ser corrigidos, o comprador terá tempo para negociar com o vendedor, que pode concordar em consertar os defeitos ou baixar o preço do bem que está sendo negociado.

Se o vendedor recusar, o comprador tem o direito legal de desistir do negócio – e contanto que o comprador tenha colocado algumas contingências em seu contrato de compra e rescinda sua oferta dentro dos períodos especificados em seus adendos de contingência, o comprador não terá perdas financeiras.

Há também leis que lhe dão tempo para desistir do negócio durante o processo de due diligence – certifique-se de entender as leis do seu estado antes de iniciar o processo de compra de uma casa ou aquisição de uma empresa.

A due diligence é definitivamente um processo que vale a pena levar a sério ao comprar um ativo tão importante quanto uma empresa, imóvel ou automóvel.